quinta-feira, 29 de março de 2012

POEMA DESENHADO

Mario Quintana


No meio da página escrevo por acaso a palavra MENINA
e, à sua magia, um caminho abre-se
para ela andar

E como houvesse brotado a seus pés um arroio espiador,
uma ponte estendeu-se
para ela atravessar

Mas a menina
agora parou
e do meio da ponte namora encantadamente nas águas
a graça inacabada de seu pequenino rosto feito às pressas

Às pressas...
(nem tive tempo de lhe dar um nome)

A vida é assim
Meninazinha sem nome...

A vida nem da tempo para a Vida!

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